sexta-feira, 13 de março de 2009

Pra que toda essa timidez?

"Oprtunidades se perdem por falta de iniciativa."

Imagine uma pessoa que perde oportunidades por não ter coragem de arriscar em algo novo, falar com alguém, ou até mesmo entrar em um determinado lugar. Por exemplo, um jovem que está diante de uma chance para mostrar o excelente trabalho que fez em sala de aula, mas não consegue se quer imaginar tanta exposição. O coração dispara, as mãos tremem, as pernas ficam bambas e ele se sente travado, não conseguindo conversar ou expor suas opiniões.

Com certeza esta não é uma situação agradável para ninguém, e acontece devido a timidez. De acordo com o psicólogo clínico com especialização na linha comportamental cognitiva que (baseia-se na teoria da aprendizagem social), Dárcio Miranda, este é um transtorno de conduta, resultado de comportamentos retraídos em conseqüência de uma má resolução do auto conhecimento. Ele ressalta que o problema está baseado na insegurança. “Quando o sujeito tem baixa auto-estima, a timidez será a manifestação que mais vai expressar a falta de segurança que ele possui”, explica o especialista.

Mas será que um indivíduo, filho de alguém com tais características, conseqüentemente irá desenvolver esta alteração? A psicóloga Deusirene Moreira também fala sobre o assunto. Ela diz que esta é uma característica da pessoa e talvez ela nasça com uma tendência para desenvolver o problema. Mas, isto não deve ser colocado como fator determinante.

Ela explica, também, que o ambiente onde se educa a criança e os relacionamentos que se mantém com ela vão colaborar para algumas condutas. “A pessoa pode sim nascer com um traço mais introvertido, porém não podemos dizer que pelo fato de seus pais serem pessoas tímidas, ela irá herdar isto e será uma pessoa problemática”, afirma a psicóloga, afirmando destacando ser de grande importância um bom relacionamento familiar.

Um fato bastante comum é vermos nas escolas, faculdades, local de trabalho, ou em nossa família, pessoas que continuamente passam por este tipo de obstáculo. Jovens tímidos geralmente mantêm relações insuficientes com seus amigos, e apresentam um padrão de conduta no qual evitam com freqüência contatos sociais. Há quem acredite que o problema seja uma doença, e deve se conviver com isso sem que nada possa ser feito.

A psicóloga Deusirene diz que, dependendo da forma como se manisfesta, a alteração pode sim ser classificada como algo patológico, segundo ela, quando a pessoa chega ao extremo e passa a não ter mais contato com os outros, se isolando, sem ao menos conversar com ninguém. Para estes casos, o especialista Dárcio Miranda afirma que será necessário procurar um tratamento psicoterápico, afinal estão sendo alterados sentimentos e pensamentos.

Para os pais ou professores que notam o problema, Dárcio orienta. “É preciso estimular este filho ou aluno no desempenho de suas funções em casa e na escola ao invés de criticá-lo por esse comportamento tímido”, afirma. Segundo ele, para o jovem, seu valor irá se tornar maior quando for percebido por outra pessoa.

Por Gisele Alves
Portal Elnet

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